terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os esperados 3.600 km de moto

VIAGEM DE SHADOW 750, SOZINHO, ENTRE JI-PARANÁ/RO E PORTO ALEGRE/RS, PASSANDO POR CÁCERES, CUIABÁ, COXIM, CAMPO GRANDE, DOURADOS, GUAÍRA, CASCAVEL, BARRACÃO, SÃO MIGUEL DO OESTE, IRAÍ, CARAZINHO, SOLEDADE, LAJEADO, CANOAS, PORTO ALEGRE (DE 20 A 22 DE DEZEMBRO DE 2009)
Tratando-se de uma viagem de moto por 3.600 km pelas nossos arremedos de estrada, de Rondônia ao Rio Grande do Sul, o fato do aventureiro escrever sobre a aventura no passado, sinal de que está vivo, e informo, ileso, em si já é uma grande notícia.
O planejamento de algum tempo não evitou uma sucessão de percalços e isso é que é bacana em uma empreitada deste tipo, pois a medida que foram surgindo, fui me desligando mais e mais dos problemas no trabalho, do stress que antecede as férias, para me focar nos obstáculos com os quais fui deparando. 800 km depois nem lembrava o que era processo, prazo, advogado e audiência.
Entendi, então, porque os motoviajantes são uma legião fanática. E as situações que vão se empilhando, o manejo da moto, o respeito devido às duas rodas, as intempéries do clima, a administração da autonomia, o contato mais próximo com as coisas e gentes da estrada, provocam reflexões e comparações que vão muito além do asfalto, da chuva e do perigo. Mesmo prestando atenção na estrada, a cabeça vai longe.
As dores e os desconfortos sentidos, as inevitáveis assaduras, ao contrário de me desencorajarem o prosseguimento, parece que me empurraram e, pode parecer estranho, diminuíram progressivamente quando percebi que daria conta do que planejara e, principalmente, que chegaria na terça feira, dia 22. Ora, não poderia fazer feio frente os familiares e poucos amigos que sabiam da aventura.
JI-PARANÁ/RO - CUIABÁ/MT (1100 KM)
A saída se deu no dia 20/12, sábado, pontualmente às 6:30 horas. Na véspera, os preparativos com a intrincada arrumação da moto com a qual contribuiu valiosamente a D. Cida, nossa secretária de casa. E o delicioso jantar nos meus vizinhos Dr Romeu e D. Walquíria, um tanto assustados com a minha empreita. Já de saída o que se esperava veio. Bastante chuva até a minha querida Presidente Médici em meros 31 km.
Em Cacoal a água apertou e foi assim, entre muita e pouca chuva, mas sempre com ela, o que me fez baixar bem a velocidade para uma média de 60 km/h até Vilhena, onde parei para almoçar.
Lá no antigo Tokyo, onde aprendi a gostar de sashimi, mas que não pertencia mais ao mesmo dono daquela época de Juiz Substituto na cidade Portal da Amazônia, fiz um rápido almoço de salmão cru. Até aqui 330 km sem problema apesar da pista escorregadia, mas, ainda bem, sem buracos.
Antes das 13 horas, já estava de volta na estrada, com uma pequena parada na fronteira de Rondônia com Mato Grosso, ainda em Vilhena, para algumas fotos da Shadow 750 e sua carga.
Após uma encorajodora estiada entre Villhena/RO e Comodoro/MT, distantes 120 km, depois do reabastecimento eis que, por cautela, contava com uma autonomia de 200 km (o tanque da moto é de 14 litros), rumei para a próxima etapa, em direção à Pontes e Lacerda, em mais 225 km.
Aí a chuva mostrou mesmo quem mandava. Lembrei daquele trecho do Forrest Gump, em que ele está no Vietnam. Era chuva que vinha de cima, de lado, de frente. Tinha momentos que parecia que a chuva vinha do asfalto. Menos mau que, com a diminuição da velocidade, não tive de me preocupar com a autonomia. Quando andei a 70 km/h achei ótimo.
Já em Pontes e Lacerda, parei no famoso Posto Tuiuiu, que conta com uma loja de conveniência bacana, com cafeteria. Abastecida a moto e reconfortado o aventureiro com um expresso, seguimos, nós dois, já bem entrosados neste ponto, no trecho mais temido, não pela dificuldade, mas em termos de segurança. Entre Pontes e Lacerda e Cáceres ocorriam um sem número de assaltos, a meca nortista do roubo de carga, motos e veículos, pois há pelo menos duas entradas para San Matias (Bolívia), onde ocorre a nacionalização dos locomoventes brasileiros em bolvianos, sendo efetivo aqui o Mercosul.
Para se ter uma idéia do perigo que existia (hoje é mais tranquilo, mas vale continuar esperto), conto duas histórias.
Em 2000 um colega de magistratura rondoniense, descendo para o sul, com a bexiga estourando, sem aguentar mais, embora perto de Cáceres (cerca de 15 km), parou sua então flamante Ford Explorer e resolveu se aliviar a uns 200 metros do trevo que dá acesso a San Matias. Vale dizer que o trevo se situa a uns 500 metros de uma balança do DNIT e a pouco mais de 2 km de um posto da PRF. Quando estava naquela posição de anjo de chafariz, a viatura da PRF encostou e os policiais, após gentilmente aguardarem o fim da regação da mata e pedirem a identidade do moço, disseram que ele era louco de parar ali, naquela hora, ao anoitecer, pois nem eles se davam ao luxo de fazer o mesmo... com a viatura da PRF.
Lá vai a segunda história. No ano de 2001, a caminho de Cuiabá, neste trecho de Pontes e Lacerda, eu, a Letícia e o Félix, então com uns 6 meses, no início de madrugada fomos perseguidos por aproximadamente uns 15 quilômetros. Cheguei a jogar a camionete na lateral do Golf, tripulado por 4 criaturas. Foram uns 10 minutos de arrepiar, a 140 km/h, esgoelando, com eles as vezes emparelhando e mandando eu encostar. Imagino ter visto armas, mas podia ser o cagaço, que a estas alturas era grande... Quando eu achava que não ia dar mais, vi a sinaleira de um caminhão ao longe e aí foi só alegria. O caminhoneiro é que não deve ter entendido nada, porque aquele caminhonete foi em sua frente até chegar a Cuiabá.
Mas a coisa está bem mais calma atualmente. Se tu que tá lendo quer fazer este trajeto de moto, dependendo do grau de apavoramento, basta não ser cardíaco, que é bem capaz de dar tudo certo...
Mas voltando ao "causo" da minha viagem, tudo correu bem no trecho Pontes e Lacerda/Cáceres, finalmente o aguaceiro dando um tempo ao aventureiro.
Cheguei em Cáceres anoitecendo, por volta de 19 horas, depois do atraso ditado pelo ritmo bem abaixo do planejado por subestimar os cm3.
Queria porque queria chegar em Cuiabá naquela noite e nem parei para curtir um pouco Cáceres, uma das entradas do Pantanal, banhada pelo Rio Paraguai e onde tem um restaurante flutuante muito bacana. Este restaurante, o Kaskata, tem esse nome porque a água do rio é puxada por um motor e jogada na cobertura, ficando fresco. Com este método de resfriamento, o barulhinho da água e os ventiladores, e o mais importante, o peixe na telha ou o filé de peixe no espeto, imperdíveis, é um almoço muito legal, vendo os barcos passarem de um lado para o outro. Antigamente tinha um jacaré, o Alquimedes, que vinha se exibir para os frequentadores, mas um garçon me contou em uma visita anterior que uma a atração tinha falecido.
Voltando... Enquanto passava um a um os incontáveis quebramolas, fazia cálculos de quanto tempo de breu eu precisava encarar para chegar na capital matogrossense, transpondo os 250 km até lá. Como a média noptrecho anterior havia melhorado, achei que fazia em duas horas e na coragem de seguir em frente não me dei a chance de ser prudente. Planejei, vou fazer. E encarei. Acontece que o corajoso, para não perder tempo, foi adiando o abastecimento para o posto seguinte. Quando me dei conta, já tinha passado todos e descia a serra. Lembrei que lá embaixo tinha um postinho acanhado e que ia ser lá que eu iria encher o tanque. Fiz cálculos e achei que dava para voltar para Cáceres se o posto estivesse fechado. Mas dei sorte, quando já estava quase decidido a voltar, pois a lembrança que eu tinha era que fiacava mais perto, ele surgiu. Abasteci junto com dois "cidadãos" rondonienses que vieram conversar comigo, depois de descerem de uma S10 e uma SW4. Mesmo sabendo que eu estava meio receoso de viajar de noite, não se ofereceram para me acompanhar, embora os hinos evangélicos a mil nos altofalantes das duas caminhonetes. Supercristão, não é? Quando disseram os nomes, conhecia um deles de (má)fama. Eram CC's do Cassol, um deles de uma área relacionada ao meu trabalho. Melhor assim. Dessa gente é bom ficar longe, mesmo de moto, na estrada e à noite.
Mas minha ânsia de seguir o planejado e chegar a Cuiabá naquela noite, cobrou seu preço, pois nem bem andei 10 km e a chuva voltou com tudo. Ficou perigoso porque o asfalto tinha fendas onde a água empoçava, dando umas escorregadas. Com cuidado consegui chegar até posto da PRF a uns 100 km de Cuiabá. Me abriguei e assisti a um verdadeiro dilúvio por umas duas horas. Quando era por volta de 21h30m e a chuva deu uma diminuída, voltei a andar com a indicação do agente da PRF que havia um hotel precário, mas seguro, a 8 km. Quando já estava me conformando com a pernoite, passados 5 km da PRF, foi como se alguém desligasse a torneira. Parou de chover e o asfalto mais a frente estava seco.
Pude seguir , com cautela, porque a estrada até o destino não estava lá para que se diga, mas, enfim, por volta das 23 horas estava fazendo o check in no hotel em Cuiabá.
Entrei no banho enquanto esperava a comida pedida pelo serviço de quarto.
A medida que o corpo foi esfriando, fuin sentindo dor muscular nas costas. Alonguei, comi e cai, morto, na cama.
CUIABÁ/MT - CAMPO GRANDE/MS (780KM)
No dia seguinte, um domingo, o plano era fazer cerca de 750 km, entre Cuiabá e Campo Grande. Acordei um pouco mais tarde que o planejado, 8 horas, mas precisava descansar da puxada do sábado. Banho, café, meio na corrida, banho de novo, vesti o arsenal de roupas, arrumei os alforges na máquina, abasteci em um Posto Ipiranga no centro da cidade e pé na estrada.
Esta etapa reservava o que eu pensava ser o maior perigo, a serra de Rondonópolis, em um trecho de 250 km aproximadamente, que eu queria fazer pela manhã. Era bem complicado pelo intenso movimento de carretas, nos dois sentidos, asfalto ondulado, atravessando cidades entrecortadas pela rodovia e com aclives e declives, não raro em curvas, sem pontos de ultrapassagem.
Contudo, quando iniciei a subida para Rondonópolis, onde planejei almoçar, o tempo seco e o elevado torque da moto propiciaram um ritmo bem superior ao que eu imaginava. Mesmo com uma chuvinha miúda que caiu por uns 10 km, as obras sem sinalização e o asfalto que, várias vezes remendado, mudava de textura (o que é horrível para motos) a cada metro, vinha rindo por dentro do capacete com a superação do que eu achava ser o grande fantasma da viagem.
Quando me aproximava de Rondonópolis, depois de completar o combustível em Jaciara, cerca de 20 km do almoço aguardado, me deparei com um grande engarrafamento. Não era o fim do mundo, porém, já que dava para seguir pelo acostamento. Continuei rindo por dentro, vendo todas aquelas carretas e carros parados, com várias pessoas do lado de fora dos veículos naquele calor de matar, o asfalto fumegando depois da chuvinha fina, mas com o sol a pino. "Fui fondo, fui fondo", pelo acostamento, quando de repente minha risada interna foi ficando sem graça. A bixa velha, a moto, começou a falhar. Fui corcoveando em cima dela, balançando, para ver se ela desembuchava da sujeira. Ela parava, eu acelerava, ela ameaçava que ia morrer, mas seguia, de vereda, na ânsia de chegar em um posto.
A uns 8 km da cidade, não deu mais. Menos mal que parei em frente a um boteco, em cuja frente havia uma frondosa mangueira debaixo da qual estacionei a moto em farta sombra.
Não esquentei a cabeça. Respirei fundo, tirei o capacete, a jaqueta, as luvas e... fui tomar uma coca zero estupidamente gelada no boteco. Depois da coca, abri o tanque da moto e sacudi, mas ela continuava engasgando. Acionei o guincho do seguro e fiquei ali, naquele lugar agradável, na sombra e incrivelmente fresco enquanto aguardava.
Não demorou muito, apareceu um caminhoneiro. Ele começou a perguntar da moto e papo vai, papo vem, depois de me dar uma dica legal para fugir do trecho Comodoro/Cáceres (por uma estrada do MT que atravessa uma reserva indígena, recém asfaltada), descobrimos que era tio de minha secretária, D. Lene.
Depois de quase duas horas de espera, apareceu o guincho. Pusemos a moto em cima da plataforma, fomos no posto de melhor gasolina de Rondonópolis, ou pelo menos com esta fama, tirei a gasolina adulterada do tanque (Posto Ipiranga em Cuiabá ou BR em Jaciara), completamos e tocamos para a empresa do guincho. Moto em terra, liguei e deixei funcionando por uns minutos. Tudo ok. Me apretrechei de volta, dei umas voltas na BR indo e voltando, andei em baixa e alta e tudo ok. Fui em frente.
Já eram 16h30m quando deixei Rondonólis, na esperança de chegar em Campo Grande naquele mesmo dia (ou melhor, noite, né?) Para complicar, quando saía da zona urbana, querendo acelerar, nuvens negras no horizonte. E caiu água... A ponto dos carros irem parando no acostamento. Lembrei da dica de um vizinho meu, motociclista de HD, e segui em frente, atrás de um motorista maluco que não parou mesmo com o dilúvio. Mirei nas lanternas do Gol que ia na frente e andei colado enquanto durou a água, aproximadamente 50 km, percorridos em mais de uma hora. Estiou depois, mas nisso já estava anoitecendo quando deixei Coxim, após reabastaecimento e um expresso para dar um ânimo.
Daí em diante, mesmo no escuro, foi tranquilo no más. Estrada em perfeitas condições com longas retas, plantações até a borda do asfalto como é comum no Mato Grosso do Sul e visibilidade bem grande, além de pouco trânsito.
Fato é que cheguei, enfim, em Campo Grande por volta de 22h30m, cansado e com dores nas costas, depois de toda a tensão do dia. Fiquei em um Íbis, jantei um lanche de microndas no quarto, enquanto o chuveiro esquentava e, depois do contato com a minha família, que ja estava a beira de um ataque de nervos, do banho de uma hora, dormi o sono dos pregados. Rodei 750 km que valeram por 1500 km.
CAMPO GRANDE/MS - GUAÍRA (550 KM + 200 KM (erro)=750 km)
Quando acordei cedo, mas fiquei amarrando na cama, alongando o corpo, decidi que rodaria menos, chegaria até Guaíra/PR, fronteira de PR e MS, e estaria ótimo.
Depois de abastecer em Campo Grande, saí por volta de 11 horas, tarde para burro, mas achei melhor partir bem descansado. Até Dourados foi sem nenhum problema. Fui numa tocada boa, mas sem pressa, e peguei só um chuvisqueiro.
Contudo, depois de fazer um lanche em um posto em Dourados mesmo, me distraí das placas e errei feio o caminho. Como estava relaxado, inebriado com o tempo seco, e surpreendemente fresco, me descuidei das placas e tomei o rumo Ponta Porã/MS (fronteira com o Paraguai), ao invés de ir à esquerda, sentido Naviraí. E o pior, levei cerca de 100 km para me dar conta da mancada, ou seja, apenas a 10 km do paraíso das compras, ao me deprarar com um posto da Receita Federal que eu sabia não existir no caminho para Guaíra.
Quis ficar p da vida, mas respirei fundo e pensei que era só mais uma história para contar. Me deu um acesso de riso, pois o rodar pouco imaginado, havia se esvaído em 200 km a mais decorrentes de uma desatenção. Cheguei a pensar em dormir em Ponta Porã, mas imaginei que talvez fosse complicado achar hotel, já que estávamos em pleno dia 20 de dezembro e o dólar estava baixo.
Dei minha volta e azar do goleiro. Depois de retornar para Rondônia, soube que há uma estrada estadual que vai de Ponta Porã a Eldorado (MS) a uns 5km do posto da Receita em que eu resolvi dar a volta. Teria me poupado uns 60 km, parece.
Cheguei em Guaíra, onde também tem free shop (Salto Del Guayra), por volta de 20 horas. Fiquei em um De Ville, pegando uns dos últimos quartos. Telefonei para a família, comi um bom filé e dei uma estudada boa no roteiro da terça-feira, querendo chegar em Porto Alegre no dia que prometi para o meu filho Félix.
GUAÍRA/PR - PORTO ALEGRE/RS (1000KM)
Acordei cedíssimo, e depois de um café reforçado, 6h30m já estava na frente de um posto no centro de Guaíra. O dono do posto, pela pinta do vivente, estava sozinho e conversava com outro cidadão sem nenhuma pressa de me atender. Levou, sem brincadeira, uns cinco minutos. Embora eu estivesse já com a tampa do tanque na mão e parado do lado da bomba, a anta me perguntou: vai abastecer? Eu respondi: Não. Vim aqui jogar truco. Botei a tampa de volta e fui cantar noutra freguesia.
No último dia, porém, deu tudo certo. Tempo seco, estradas boas, deu para acelerar. Almocei em um posto em São Miguel do Oeste/SC e desci a serra, cheia de curvas, com cuidado que uma moto custom exige.
Na fronteira com o Rio Grande, por Iraí, ao entrar na ponte, vi um outdoor com os dizeres: "Benvindo ao Rio Grande do Sul, terra do Sport Club Internacional. Há 100 anos na primeira divisão". Estava em casa.
Dali em diante foi somente administrar as assaduras, a dor nas costas e a ansiedade. Quando era 19h30m entrei em Porto Alegre, a tempo do espetáculo do por-do-sol do Guaíba.
Antes de ir para casa, pedi para minha mãe me esperar em frente ao edifício dela. Quando me viu na moto, quase enfartou, pois eu não tinha contado para ela e meu pai que iria fazer a viagem de moto, senão matava eles antes.
Como eu estava ileso, ela ficou feliz e nem meu xingou.
Estacionei na garagem às 20 horas da terça-feira, dia 22 de dezembro de 2010, como eu tinha combinado com o Félix.
Foram mais de 3600 km e a realização de um sonho antigo, de fazer uma viaaaagggggeeeeemmmm de moto.
Fiz questão de escrever, porque, quando me preparava, li muitas dicas legais em saites de motociclistas. Quis deixar a minha a disposição de algum aventureiro que queira fazer o roteiro. Pode me contatar pelo email, se precisar.
Minhas dicas:
1) Todo mundo vai dizer que é loucura. Se é seu sonho, se tem vontade, faça;
2) Te equipa: belo casaco, calça, botas, luvas, tudo impermeável, e um capacete de primeira (se tu tem algo na cabeça);
3) Planeja com antecedência, estuda o roteiro, não superavalia a autonomia da moto;
4) Investe em um GPS;
5) Não viaja com o compromisso de rodar mais de 500 km por dia;
6) Não anda à noite. Nunca! (fiz, mas te desencorajo).
7) Alonga, antes e depois de cada trecho;
8) Dorme bem, descansa.
9) Previna assaduras. Como? Ué, como a dica atrasada que eu recebi (já tinha feito a viagem) do amigo Rodrigo: seleciona uma peças de underwear (que finesse a minha) velhas, emplastra a poupança de hipoglós (nem tanta sutileza) e depois de cada dia de viagem joga a cueca usada fora (mas que nojo tchê!).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

DE VOLTA.

Curtidas as férias que voaram, volto ao blog... Com preguiça, é claro.
Em breve conto como foram os 3600 km de moto e (quase) tudo o mais das "vacaciones".